Na quarta-feira (29), o segundo dia do 14º Encontro de Líderes teve início com o painel “Jovens lideranças no Sistema e na política: como incentivar?”. O objetivo do painel foi promover reflexões e debater ideias e projetos que incentivem os futuros profissionais a se engajarem com o Sistema e, eventualmente, com a política nacional. A formação de novas lideranças é essencial não apenas para o fortalecimento da engenharia, mas também para o desenvolvimento do país. O painel contou com a participação dos conselheiros federais Gutemberg Farias e Maycon Juan, da coordenadora nacional do Crea Jr., Thays Casais, e do coordenador do Crea Jovem-AP, Ângelo Rodrigues.
Para os conselheiros, que são os mais jovens na atual composição do Plenário, o que os motivou a integrar o Sistema foi o desejo de aprimorá-lo. "Para transformar a engenharia no país, um dos caminhos é assumir cargos de liderança, seja no Sistema, seja no Legislativo. A engenharia, a agronomia e as geociências precisam ser reconhecidas pelo Estado e pela sociedade", afirmou o conselheiro Maycon.
O conselheiro mais jovem do Sistema, Gutemberg, acredita que as pessoas estão mais informadas e que a juventude está cada vez mais politizada. "A juventude tem mostrado maior interesse em participar da política. Vemos isso na redução da idade dos eleitos, tanto no Sistema quanto no Congresso Nacional. Os espaços estão disponíveis e precisamos ocupá-los para promover as mudanças que o Brasil e a engenharia precisam", destacou. Gutemberg também ressaltou que mudanças no Sistema ou no Congresso podem levar anos para acontecer. "Foi assim para que o PMOC se tornasse lei e foi assim para que conseguíssemos votar pela internet no Sistema. Foram 12 anos de trabalho", lembrou o conselheiro Gutemberg Farias.
Ângelo, que já foi candidato a vereador em Macapá e sempre se envolveu em movimentos de liderança desde a época do centro acadêmico na escola, destacou a importância de profissionais técnicos na política. "Quando pessoas qualificadas e técnicas abrem mão de ocupar esses espaços, acabam sendo ocupados por indivíduos apenas políticos. Uma pessoa técnica tem a capacidade de visualizar soluções, ao contrário de quem está lá apenas para preencher um espaço", comentou.
Todos os painelistas concordaram que os profissionais do Sistema também precisam ocupar espaços na política. "A engenharia constrói, mas quem transforma é a política", concluiu Maycon.
Fonte: www.confea.org.br